A polícia italiana desmanchou na sexta-feira (14/10) uma rede criminosa especializada na venda de cidadania italiana por matrimônio. O grupo atuava nas províncias de Nápoles, Caserta, Milão e Bergamo.
Segundo a Rai News, seis homens e doze mulheres foram presos por associação criminosa destinadas a favorecer a entrada ilegal e permanência indevida no território italiano de estrangeiros ilegais e irregulares. Sessenta e seis pessoas estão sob investigação.
O grupo cobrava até 6500 euros – cerca de R$ 35 mil – por um casamento “de conveniência”, que em troca oferecia autorização de residência para estrangeiros.
As investigações, que começaram em julho de 2019, permitiram descobrir mais de 40 casamentos falsos para um volume de negócios de quase 200 mil euros – mais de R$ 1 milhão.
Apenas Francesca Riccardi, que trabalhava em um bar em Nápoles, onde o grupo tinha sua base, tinha sido casada cinco vezes, segundo a imprensa local.
“Operazione Promessi Sposi”
O roteiro era sempre o mesmo. A rede criminosa cobrava entre 5 mil e 6500 euros dos cidadãos não comunitários, obviamente, em troca do chamado “casamento de conveniência” com cidadãos italianos que, por compensação econômica, permitiam falsas uniões.
Segundo os investigadores da “Operazione Promessi Sposi”, a quadrilha era chefiada por “tia Maria” (nascida Matilde Macciocchi, de 61 anos), conhecida nas crônicas policiais pelo codinome “feiticeira dos noivos”.
“Tia Maria” já havia sido presa e investigada no passado pelos mesmos crimes.