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Meloni critica reação ‘injustificável’ da França sobre migrantes

A primeira-ministra italiana criticou a “resposta agressiva” da França no caso do navio de resgate humanitário de refugiados.

Meloni critica França
Meloni critica reação ‘injustificável’ da França sobre migrantes | ilgazzettino

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, criticou nesta sexta-feira (11) a reação da França ao caso do navio humanitário Ocean Viking e disse que Paris agiu de forma “incompreensível e injustificável”.   

A embarcação da ONG SOS Méditerranée havia resgatado 234 pessoas no Mar Mediterrâneo no fim de outubro, mas não recebeu autorização para atracar na Itália ou em Malta, que seriam os portos seguros mais próximos.   

Após mais de duas semanas de impasse e em meio à deterioração das condições a bordo, o Ocean Viking navegou por cerca de mil quilômetros para chegar a Toulon, no sul da França, onde os migrantes puderam desembarcar.   

No entanto, em retaliação, o governo de Emmanuel Macron suspendeu um acordo para acolher 3,5 mil solicitantes de refúgio que vivem na Itália e aumentou os controles na fronteira entre os dois países.   

“Fiquei muito impressionada com a reação agressiva do governo francês, incompreensível e injustificável”, afirmou Meloni durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, em Roma. No poder há menos de um mês, a premiê já protagoniza uma crise que opõe duas das três maiores economias da União Europeia.   

O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, chegou a dizer na última quinta (10) que Roma agiu de maneira “incompreensível” e que o caso provocaria “consequências graves para as relações bilaterais”, além de ter pedido que outros países da UE suspendessem a realocação de solicitantes de refúgio abrigados na Itália.   

“O pedido para isolar a Itália revela uma dinâmica curiosa. Falam de solidariedade… Quero esperar que isso não aconteça, não seria inteligente”, rebateu Meloni. Segundo a premiê, a Itália “não é mais capaz de se ocupar” da crise migratória e não pode ser o “único porto de desembarque para os migrantes do mediterrâneo”.   

“Nós já acolhemos 90 mil neste ano. O acordo prevê que 8 mil pessoas fossem realocadas, mas até agora só 117 foram redistribuídas, sendo 38 na França. Algo não está funcionando”, acrescentou. (com informações da Ansa)

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