O técnico Roberto Mancini não escondeu nesta segunda-feira que deseja continuar no comando da seleção italiana, apesar do fiasco de não conseguir se classificar para a Copa do Mundo com a derrota para a Macedônia do Norte na repescagem das eliminatórias europeias.
“Conversamos com o presidente (da Federação Italiana) estes dias, creio que estamos de acordo em tudo. Voltaremos a conversar nos próximos dias. Temos primeiro que pensar no jogo (amistoso contra a Turquia amanhã) e depois refletir sobre tudo para ver no que é preciso melhorar”, disse Mancini em entrevista coletiva.
Depois da decepção da semana passada, tanto o presidente da Federação Italiana de Futebol, Gabriele Gravina, como o capitão da seleção, Giorgio Chiellini, defenderam a permanência de Mancini no cargo.
Na entrevista de hoje, o treinador agradeceu o apoio dos que desejam que ele continue no comando da Itália. “Faz eu me sentir bem ver esse trabalho de quatro anos sendo elogiado.
Não só pelo título da Eurocopa, mas também por toda uma série de jogos sem perder, o que não se dá por acaso”, ressaltou Mancini. “É preciso continuar, começar a pensar de forma diferente”, acrescentou o treinador, reforçando a necessidade de reconstrução na seleção italiana.
“Sou jovem, meu objetivo é ganhar a Eurocopa e a Copa do Mundo. Para o Mundial, isso foi adiado um pouco, mas continuo gostando do meu trabalho”, concluiu Mancini, cujo contrato vai até 2026.
Ao lado de Mancini, o capitão da seleção, o zagueiro Leonardo Bonucci, disse que a permanência do técnico é “o mais lógico” para a Itália. “O que o treinador nos deu nesses mais de três anos é algo único.
Foi criado um ambiente entre os jogadores, funcionários e dirigentes como poucas vezes vi na seleção. Isso nos permitiu alcançar grandes objetivos”, afirmou o zagueiro. Bonucci, de 34 anos, aproveitou para confirmar que deseja continuar sua carreira na seleção para ser um “guia” para os mais jovens.
Com a provável saída de Chiellini, de 37 anos, ele deve herdar a braçadeira de capitão da equipe.