A comunidade italiana no exterior tem experimentado um notável crescimento, com um aumento de 87% na mobilidade nos últimos 17 anos, de 2006 a 2022.
Atualmente, há cerca de 6 milhões de italianos registrados no AIRE – Anagrafe degli italiani all’estero (Cadastro dos Italianos Residentes no Exterior).
A socióloga das migrações da Fondazione Migrantes, Delfina Licata, destacou essas tendências durante o evento ‘L’Italia delle partenze e dei ritorni. Pensionati migranti di ieri e oggi‘ (A Itália das Partidas e dos Retornos. Aposentados migrantes de ontem e de hoje), organizado pelo Inps, o Instituto Nacional de Previdência Social da Itália, e Fondazione Migrantes, órgão pastoral da conferência dos bispos italianos.
Enquanto a Itália enfrenta um inverno demográfico, o número de italianos no exterior continua a crescer, tornando-se uma parte significativa da diáspora italiana.
Um fator importante nesse crescimento é o rejuvenescimento da comunidade, impulsionado pelo aumento de nascimentos no exterior de cidadãos italianos e pela aquisição de cidadania italiana por pessoas de origem italiana, especialmente na América do Sul.
Dentre os italianos que deixam o país, 42% têm idades entre 18 e 44 anos, o que reflete a presença de uma população jovem na diáspora italiana.
Hoje, a comunidade italiana no exterior inclui mais de 1,2 milhão de cidadãos e cidadãs com mais de 65 anos, com uma predominância de mulheres. Notavelmente, cerca de 285 mil deles têm mais de 85 anos, o que apresenta desafios adicionais em termos de necessidades previdenciárias e de saúde.
Os principais países com comunidades de idosos italianos são Argentina, Brasil, Alemanha, Suíça e França.
Regiões como Sicília, Calábria, Lazio e Veneto representam as maiores comunidades de origem. As províncias de Agrigento, Roma, Avellino e Cosenza se destacam como pontos de partida significativos para essa diáspora.