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Lorenzato sugere voto regional e acusa governo italiano de excluir eleitores no exterior

Ex-deputado defende sedes regionais e critica tentativa de acabar com o voto por correspondência.

Lorenzato sugere modelo híbrido para modernizar o voto dos italianos no Brasil
Lorenzato sugere modelo híbrido para modernizar o voto dos italianos no Brasil

Diante da possibilidade de mudanças no modelo tradicional de voto por correspondência, o ex-deputado Luís Roberto Lorenzato, que representou a América do Sul no Parlamento italiano, sugeriu um novo modelo para o processo de votação no Brasil.

O país concentra a segunda maior comunidade ítalo-descendente fora da Itália, apenas atrás da Argentina, e possui dimensões territoriais que dificultam o acesso ao voto presencial. A sugestão busca garantir segurança, acessibilidade e inclusão democrática, sem excluir cidadãos com direito ao voto.

Voto regional com sedes nas principais cidades

Lorenzato defende que cada região administrativa dos estados brasileiros tenha uma sede de votação presencial instalada na cidade com maior estrutura e concentração de eleitores italianos. O modelo substituiria o critério anterior, baseado somente no número fixo de eleitores por cidade.

Segundo ele, essa proposta seria mais flexível e adequada à realidade brasileira, além de permitir maior alcance geográfico sem comprometer a eficiência do processo.

Parcerias com vice-consulados e prefeituras

Os locais de votação, conforme sua sugestão, poderiam funcionar:

  • em vice-consulados honorários;
  • em prédios públicos municipais;
  • ou em espaços cedidos por prefeituras que firmarem acordos com os consulados italianos.

Lorenzato afirma que esse formato fortaleceria a presença consular e os vínculos institucionais e culturais com a comunidade ítalo-brasileira.

Direito mantido ao voto por correspondência

Para eleitores que vivem longe das sedes regionais, Lorenzato sugere manter o direito ao voto por correspondência. A proposta prevê que cidadãos a mais de 100 quilômetros da sede possam solicitar o voto postal.

O modelo seria, assim, híbrido:

  • presencial nas cidades-sede regionais;
  • por correspondência para quem estiver fora da área de cobertura.

Envolvimento direto da comunidade

Outra proposta do ex-deputado é envolver a comunidade ítalo-brasileira no processo eleitoral. Ele sugere que as equipes de apoio sejam compostas por cidadãos com dupla cidadania, o que garantiria mais transparência e participação.

“Envolver a própria comunidade no processo eleitoral é fundamental para reforçar a confiança, a legitimidade e o orgulho cívico dos eleitores italianos no Brasil”, afirmou.

Críticas ao governo Meloni

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Lorenzato criticou a intenção do governo italiano de acabar com o voto por correspondência nas eleições no exterior.

“O que o governo Meloni está propondo é absurdo. Querem acabar com o voto por correspondência, o que prejudica a própria coalizão de direita, que tem chances reais de vencer no exterior”, disse.

“Somos a maior diáspora no mundo. Temos instituições sérias, modernas, muito mais que na própria Itália”, completou.

Ele afirmou ainda que a participação seria maior com a possibilidade de voto presencial estruturado. “A comunidade vai ficar muito feliz em poder votar e exercer sua cidadania. A participação seria altíssima, diferentemente do voto pelo correio”.

Lorenzato orientou os cidadãos a manterem seus dados atualizados. “É importante mostrar que existimos e que temos interesse em votar”, concluiu.

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