Críticos do plano pediram um programa que cobrasse apenas aos visitantes estrangeiros e mantivesse os museus livres para os cidadãos italianos
Cerca de 480 museus – incluindo o Coliseu de Roma, a Galeria Uffizi, em Florença e o Parque Arqueológico de Pompeia, em Nápoles – são, atualmente, de entrada gratuita, no primeiro domingo de cada mês, através do programa “Domenica al Museo” (“Domingo no Museu”). A medida foi instituída em junho de 2014, pelo então ministro Dario Franceschini, do Partido Democrático (PD), como uma forma de incentivar o público a conhecer o património cultural e arqueológico italiano.
Numa conferência de imprensa, o ministro da Cultura, Alberto Bonisoli, do Movimento 5 Estrelas (M5S), disse que o governo vai acabar com o programa gratuito aos domingos, numa tentativa de evitar “desvalorizar os locais”.
“Se continuarem assim, os domingos gratuitos seguirão numa direção que não agrada a ninguém. Não mudaremos nada no verão, mas depois as coisas mudarão. Darei maior liberdade aos diretores, se quiserem colocar um domingo gratuito, tudo bem, mas a obrigação não funciona”, justificou.
Alguns críticos do plano pediram um programa que cobrasse apenas aos visitantes estrangeiros e mantivesse os museus livres para os cidadãos italianos.
Num vídeo no Facebook respondendo às críticas, Bonisoli disse que a entrada gratuita nos museus “poderia acontecer, mas de uma maneira inteligente”. Os diretores dos museus teriam a liberdade de designar os próprios dias livres, como resposta às flutuações sazonais de visitas. O ministro não forneceu nenhuma informação adicional sobre quando essas mudanças poderiam ser implementadas.
A entrada regular em atrações italianas não é barata: a entrada no Coliseu custa € 12 e um bilhete para o Vaticano custa cerca de € 17.