Quem será o novo presidente da Itália? Será Mario Draghi, atual primeiro-ministro, ou Maria Elisabetta Alberti Casellati?
Os dois nomes são os mais cotados neste momento para ocupar o cargo de 13º presidente da República Italiana.
Ainda sem acordo entre os partidos, o Parlamento da Itália faz nesta sexta-feira (28) a quinta votação para eleger o próximo presidente da República.
Nas primeiras quatro votações, os principais partidos orientaram o voto em branco ou a abstenção, mas a coalizão de direita decidiu mudar de postura nesta sexta-feira e votar na presidente do Senado, Elisabetta Casellati, da legenda Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.
Nascida em Rovigo, de pai partidário e mãe professora primária, Maria Elisabetta Alberti estudou direito em Pádua e depois se especializou em direito canônico na Pontifícia Universidade Lateranense. Pesquisadora universitária e advogada matrimonial na cidade do Santo, casou-se com o colega Giambattista Casellati, com quem teve dois filhos, Ludovica e Alvise.
No Forza Itália desde a sua fundação, foi eleita para o Parlamento pela primeira vez em 1994. Após uma pausa de cinco anos, retornou ao Senado em 2001 e foi nomeada vice-líder do grupo do partido de Silvio Berlusconi, do qual é muito próxima.
“Uma mulher das instituições no Quirinale. É uma honra indicá-la”, escreveu Matteo Salvini no Facebook. A Itália nunca teve uma mulher presidente em 75 anos de república.
O colégio eleitoral é formado por 1.009 integrantes, sendo 630 deputados, 321 senadores e 58 delegados regionais, mas nenhum campo político tem os 505 votos necessários para eleger sozinho o próximo presidente.
Em teoria, Casellati pode conseguir aproximadamente 450 votos, mas um resultado acima desse número fortaleceria a aliança de direita nas negociações. Porém, se ficar abaixo, a coalizão entre Salvini, Meloni e Berlusconi ficaria enfraquecida.
Por outro lado, uma eventual vitória da presidente do Senado à revelia da centro-esquerda e do M5S provocaria uma ruptura no governo Draghi e poderia até levar a Itália a eleições legislativas antecipadas. “Se Casellati passar, a legislatura termina”, escreveu no Twitter o deputado Alessandro Zan, do Partido Democrático (PD).
O grupo decentro-esquerda pretendeorientar o voto emMario Draghi.
Pelo jeito, o dia será quente em Roma.
Com informações da Ansa