Na província de Belluno, cooperativa lança iniciativa para se sustentar no período de crise
No cenário de crise criado pelo Covid-19, iniciativas criativas vêm surgindo na Itália e mostram a capacidade dos italianos de se reinventarem.
Principalmente quando o assunto é queijos e vinhos. Uma paixão nacional e reconhecida no mundo todo.
Em Belluno, uma província no Norte da Itália, criou uma campanha que visa ajudar os produtores do setor de laticínios em dificuldade. Assim nasceu a iniciativa Adote uma vaca, em bom italiano, adotta una mucca.
Quem participar do projeto – criado pela Cooperativa Peralba de Costalta, terá um certificado de adoção, e vai receber em casa “deliciosos produtos lácteos”.
“Ao adotar uma de nossas vacas, você nos ajudará a continuar nossa atividade neste belo e difícil território. Com a sua adoção, podemos continuar cuidando delas da melhor maneira possível, fornecendo apenas alimentos de alta qualidade e continuaremos produzindo nossos deliciosos produtos lácteos”, diz a campanha publicitária.
Do produtor ao consumidor
Na prática, trata-se de um projeto linear, que pretende apoiar pequenos produtores através de um sistema econômico simples, mas com uma boa dose de marketing: “provar os produtos da vaca adotada”.
Uma campanha bucólica e romântica, ainda mais para a maioria da população que vive nas grandes cidades, longe das pastagens nas montanhas da estonteante Dolomitas.
“Para agradecer pelo seu gesto, todos os meses enviaremos uma seleção dos produtos que você produziu”, continua o apelo.
Três pacotes foram propostos pela cooperativa. No pacote básico, que prevê a adoção por um único mês ao custo de 39 euros (cerca de R$ 240), o adotante receberá meio quilo de manteiga artesanal e dois quilos de queijo, incluindo o caciotta produzido e marcado pela cooperativa.
Há ainda os planos semestral (219 euros) e anual (409 euros), que permite para quem adotar uma “mimosa” receber produtos de acordo com a tendência das estações do ano.
“Você poderá sentir com o paladar onde está a sua vaca, seja no celeiro comendo feno ou nas pastagens nos Alpes se alimentando de grama e flores”, diz o anúncio.