Matteo Salvini, defendeu nesta quinta-feira (5), em campanha para as eleições legislativas de 25 de setembro, a sua política anti-imigração na ilha italiana de Lampedusa, que continua a registrar milhares de desembarques.
“Lampedusa é uma porta de entrada para a Europa, não pode ser um campo de refugiados da Europa”, defendeu Salvini em declarações aos jornalistas após uma visita ao centro de recepção da ilha.
“Quem tem direito a vir para a Itália, vem de avião, não de barco com risco para a sua vida. Quem não tem direito, não vem“, acrescentou o dirigente da Liga, que pretende que os pedidos de asilo sejam realizados em centros de países de migração, no norte de África.
Nos últimos dias, dezenas de embarcações precárias e sobrecarregadas entraram nas águas de Lampedusa, localizada a cerca de cem quilômetros a leste da costa da Tunísia, no coração do Mediterrâneo.
Como costuma acontecer nos meses de verão, quando o clima mais ameno reduz o risco de viagens desde o norte de África, o centro de receoção da ilha fica sobrecarregado, com mais de 1.500 pessoas contabilizadas apesar de uma capacidade quatro vezes inferior.
Durante a manhã de quinta-feira em Lampedusa, centenas de imigrantes foram retirados para serem transportados de barco para a Sicília. Segundo Salvini, as autoridades tentaram “escondê-los” antes da sua chegada.
O senador italiano faz do controle da imigração e do encerramento das fronteiras para imigrantes ilegais a pedra angular do seu programa.
A Liga concorre às legislativas de 25 de setembro com os seus aliados Forza Italia (direita) e Irmãos de Itália (nacionalista), sendo que esta aliança é favorita à vitória sobre uma esquerda fragmentada.
Enquanto ministro do Interior em 2019, Salvini impediu que vários navios de ajuda que transportava migrantes desembarcassem em Itália.
“Comigo no (Palácio) Viminale houve menos mortes, menos desembarques, menos crimes e menos problemas. Espero que um homem ou uma mulher da Liga assuma o Ministério do Interior”, disse Salvini aos repórteres.