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CGIE defende cidadania italiana consciente e livre de estigmas

CGIE propõe cidadania consciente, voto seguro no exterior e discute o futuro dos italianos no mundo.

CGIE reforça a proposta de uma cidadania italiana consciente, unindo direitos, deveres e identidade cultural | Foto: CGIE/Foto de Arquivo/2023
CGIE reforça a proposta de uma cidadania italiana consciente, unindo direitos, deveres e identidade cultural | Foto: CGIE/Foto de Arquivo/2023

Em reunião realizada na Farnesina, em Roma, entre 25 e 28 de novembro, o Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE) apresentou um plano ambicioso para reforçar os direitos e a representatividade dos 7 milhões de italianos que vivem fora do país.

Entre os temas debatidos estão a cidadania italiana consciente, a segurança do voto no exterior e políticas para incentivar a mobilidade circular.

Cidadania consciente

A proposta de uma cidadania italiana consciente foi apresentada como uma resposta às generalizações e estigmatizações que muitas vezes envolvem os italianos no exterior.

Para o CGIE, a cidadania italiana deve ser mais do que um direito herdado; deve ser uma conexão ativa com os valores constitucionais, a língua e a cultura do país. Gianluca Lodetti, vice-secretário-geral de nomeação governativa, destacou que a cidadania deve partir de elementos concretos que unam, como a compreensão da língua e o compromisso com os princípios da Constituição italiana.

“Queremos que a cidadania seja um vínculo vivo, que conecte os descendentes e os cidadãos residentes ao que é essencialmente italiano. É preciso entender que ser cidadão italiano significa também carregar responsabilidades e estar integrado em uma comunidade com uma identidade clara”, afirmou Lodetti.

Mariano Gazzola, Vice-Secretário Geral para a América Latina, abordou a questão da “identidade italiana”, que muitas vezes se manifesta de formas diferentes em cada país, “mas isso não significa que ela não exista”. Ele pediu: “evitem generalizações e estigmatizações das comunidades italianas no exterior”.

CGIE propõe reformas no voto no exterior e incentivos ao retorno para fortalecer a comunidade italiana global | Foto: AISE
CGIE propõe reformas no voto no exterior e incentivos ao retorno para fortalecer a comunidade italiana global | Foto: AISE

Segurança do voto no exterior

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A segurança do voto para os italianos no exterior foi amplamente debatida. Entre as soluções apresentadas estão cédulas com marca d’água impressas na Itália e estudos sobre o uso do voto eletrônico, embora esse último ainda enfrente desafios técnicos em muitos países.

Silvana Mangione, vice-secretária-geral para países anglófonos extraeuropeus, reforçou: “Precisamos garantir que os votos sejam seguros e representativos”.

Mobilidade circular

Com o objetivo de combater o inverno demográfico e fortalecer o vínculo com os italianos além-fronteiras, o CGIE propôs políticas para incentivar o retorno ao país.

Giuseppe Stabile, vice-secretário-geral para a Europa e África do Norte, destacou a importância de transformar a diáspora em uma “recurso efetivo”. “Queremos entender por que partem e o que os faria voltar”, explicou.

Ressignificando o CGIE e os Comites

Uma das prioridades apresentadas foi a reforma da lei que institui o CGIE, datada de 1998. A proposta inclui a adaptação às novas realidades da emigração e até mesmo a constitucionalização do CGIE, garantindo maior relevância e estabilidade às suas ações.

Também foi discutida a necessidade de reestruturar os Comites para acompanhar as mudanças nas dinâmicas migratórias.

Investimentos na promoção cultural e educacional

A manutenção da identidade cultural italiana no exterior é uma preocupação crescente.

Segundo Tommaso Conte, representante do CGIE, os cursos de língua italiana estão em situação precária, com a falta de recursos prejudicando o acesso de crianças italianas nascidas no exterior. “O apoio à identidade cultural está desaparecendo, e precisamos reverter esse quadro urgentemente”, alertou.

Propostas para um futuro coeso

Por fim, o CGIE reforçou a importância de criar um horizonte comum entre os italianos no exterior, as instituições e os territórios.

A realização da Conferência Permanente Estado-Regiões-Províncias Autônomas-CGIE foi destacada como um espaço essencial para traçar políticas e multiplicar oportunidades para a Itália e sua diáspora.

“Não somos apenas uma oportunidade, mas precisamos das ferramentas para provar isso”, concluiu Maria Chiara Prodi, em entrevista coletiva ao final do encontro, nesta quinta-feira (28).

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