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Vacinação reduz em 95% mortes por Covid-19 na Itália, diz estudo

A queda no risco é progressiva a partir de 14 dias após a primeira dose e atinge o máximo a partir dos 35 dias.

vacinação reduz mortes
Enfermeira coloca seu equipamento de proteção pessoal (EPI) antes de começar a trabalhar na preparação da unidade de terapia intensiva no novo hospital Covid-19 em Verduno, perto de Alba, no noroeste da Itália | MARCO BERTORELLO / AFP

A vacinação contra Covid-19 reduziu as mortes em 95% na Itália, mostram resultados do primeiro estudo nacional sobre o impacto da imunização no país.

Foram acompanhados 13,7 milhões de pessoas vacinadas de 27 de dezembro de 2020 a 3 de maio de 2021.

A queda no risco é progressiva a partir de 14 dias após a primeira dose e atinge o máximo a partir dos 35 dias. Após esse período, o estudo documentou também queda de 90% nas internações por Covid-19 e de 80% nos casos sintomáticos.

Os efeitos são semelhantes em homens e mulheres e em pessoas de diferentes grupos etários –no período estudado, a Itália estava imunizando os mais idosos e profissionais de saúde a partir de 40 anos.

“Os dados confirmam a necessidade de atingir rapidamente altas coberturas em toda a população para sair da emergência sanitária”, afirmou o presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS), Silvio Brusafero.

Participaram da análise pessoas imunizadas com as vacinas da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca. De acordo com o governo italiano, cerca de 65% dos pacientes estudados tomaram a vacina da Pfizer, 30%, e 5% a da AstraZeneca.

Entre os que receberam as duas primeiras, mais de 95% haviam tomado já as duas doses, com intervalos de 21 e 28 dias, respectivamente –mais de 90% dos participantes respeitaram o calendário de imunização.

No caso dos vacinados com a AstraZeneca, cuja aplicação começou em fevereiro na Itália, nenhum dos avaliados havia ainda completado o ciclo de vacinação.

A Itália administra também o imunizante da Janssen, mas seu uso começou no final de abril, por isso ele não está incluído nos resultados.

O estudo excluiu pessoas que tomaram a primeira dose numa data que impediria o acompanhamento de eventuais desdobramentos (a partir de 7 de março, para mortes, e de 4 de abril, para diagnóstico).

Os resultados também não incluem os que tinham sido diagnosticadas com Covid-19 antes do início da vacinação.

O texto ressalva que diferentes vacinas foram disponibilizadas em momentos diferentes, por isso pode haver casos em que a janela de tempo necessária para observar um possível evento não tenha sido suficiente.

Também observa que nem todos as faixas de idade e grupos populacionais estavam incluídas na campanha de vacinação, que priorizou os de maior risco. “As considerações estão destinadas a mudar com a entrada de novas vacinas e expansão da oferta vacinal a outros grupos populacionais”, diz o texto.

Outro fato que pode alterar as conclusões é o aparecimento de variantes que escapem da proteção oferecida pelos imunizantes.

Na |nglaterra, por exemplo, o governo afirmou nesta sexta (15) estar preocupado com o crescimento acelerado de pessoas infectadas pela B.1.617.2, identificada na Índia.

Segundo cientistas, ela é mais transmissível que outras linhagens que circulam no país, mas ainda não há evidências sobre o grau de transmissibilidade nem sobre como as vacinas agem sobre ela –a expectativa é que a proteção seja mantida. (Agência Folha)

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