Desde o mês de janeiro de 2018, apenas 23 mil migrantes chegaram à Itália pelo mar. Eles vinham sobretudo da Tunísia, da Eritreia, do Sudão e do Paquistão, passando pelos portos da Líbia e da Turquia.
Desde o mês de janeiro de 2018, apenas 23 mil migrantes chegaram à Itália pelo mar – número 96% menor do que há dois anos. Eles vinham sobretudo da Tunísia, da Eritreia, do Sudão e do Paquistão, passando pelos portos da Líbia e da Turquia.
O ministério do Interior italiano, liderado por Matteo Salvini, se orgulhou de anunciar a queda no número de pessoas que chegaram ao país, ressaltando inclusive que houve semanas sem nenhuma incidência. No mês de agosto, Salvini bloqueou, durante dez dias, migrantes resgatados pelo barco Diciotti. Desde o episódio, os desembarques de refugiados quase desapareceram.
Outros fatores impediram a chegada de novos migrantes: a ação dos guardas libaneses, que mantiveram na Líbia os que tentavam partir, e os acordos do antigo governo com as milícias de traficantes de pessoas. Com relação ao número de refugiados que chegam pelo mar, a Itália agora se encontra atrás da Espanha e da Grécia.
Itália acusa França de enviar migrantes a seu território
Enquanto Salvini se vangloria da queda na migração por vias marítimas, ele acusa a França de enviar repetidamente migrantes à Itália. A gestão dos estrangeiros presos na região da fronteira franco-italiana é fonte de desentendimentos frequentes entre os dois países.
Em um comunicado, a prefeitura do departamento francês dos Altos Alpes, na fronteira com a Itália, já negou as acusações feitas por Salvini. No documento, as autoridades afirmam que esses jovens são enviados às estruturas de acolhimento de menores dentro do território francês.
“Foi o caso de dois menores em 18 de outubro”, explica o comunicado que precisa, ao contrário do que afirmou Salvini, que eles não foram devolvidos à Itália, mas foram encaminhados “às estruturas do conselho do departamento dos Altos Alpes para que fossem acolhidos” na França.
Fonte: G1