Aos 56 anos, Monica Bellucci (30 de setembro de 1964) continua a encarnar a beleza mediterrânea sem muitas preocupações, vivendo em paz com sua nova maturidade.
Em entrevista ao jornal La Repubblica, a diva conta que a paixão pelo trabalho e o entusiasmo permaneceram inalterados.
Ela falou sobre as filhas, o amor, a passagem do tempo.
“Com a idade, a minha coragem cresceu porque não luto mais por mim mesma, mas por algo que é mais importante do que eu”, fala Monica Bellucci.
Leia uma parte da entrevista publicada no Repubblica, nesta quinta-feira (22).
É mais fácil envelhecer quando você tem filhos?
“Isso se aplica a mim, não acho que haja uma regra precisa. Tenho muitas amigas que optaram por expressar sua feminilidade de outra forma e são igualmente felizes. Elas têm amizades, paixões, interesses. Então, nem todos vivenciam a maternidade da mesma forma”.
Ao contrário de muitos de seus colegas, sua beleza não foi corrigida pelo bisturi…
“Ainda tenho minhas rugas, mas não condeno os ajustes estéticos se bem feitos e se te fazem sentir melhor. É uma escolha muito pessoal e hoje há muitas intervenções possíveis. Em “La befana vien di notte” (A bruxa vem à noite), um filme que estamos rodando nestes dias em Roma, interpreto uma boa bruxa que ajuda as crianças. E ela certamente não é jovem. A experiência adquirida e um físico diferente me permitem assumir o papel de personagens que nunca teriam me proposto antes.
Alguns passos à frente em relação ao passado foram dados…
“Passos importantes. Hoje mesmo atrizes que não têm mais o frescor da juventude podem receber papéis que antes eram impensáveis e suas carreiras continuam bem além dos cinquenta anos (…) somos mais independentes”.
Como é sua família de origem?
“Uma família de outros tempos, onde as mulheres dominam e o filho é rei. Na infância me protegiam e me cercavam de carinho e afeto. Em casa havia matriarcado porque os homens tinham que ficar fora e trabalhar”.
Você tem medo de envelhecer?
“Ao contrário das gerações passadas, na minha idade posso existir como mulher, exprimir a minha feminilidade em toda a sua plenitude sem abrir mão do meu trabalho e dos meus compromissos”.
O período da quarentena foi difícil?
“No começo eu não tinha um momento para mim. Eu ajudava na lição de casa das filhas, especialmente da Léonie, que é mais nova”.
Você se deixa levar ou segue uma dieta alimentar?
“O trabalho é a minha cura para tudo, me obriga a ter cuidado. Quando tem filme à vista, coloco o turbo e desisto de doce, queijo, pão, vinho. É difícil, adoro comer, mas também sei ser firme, se for preciso. A ginástica três vezes por semana faz a diferença e procuro usar bons cremes faciais e corporais”.
Você gosta de usar maquiagem?
“Se tenho que sair, gosto de usar, sem exagerar.”
Anos atrás, você disse em uma entrevista que é normal que os humanos fiquem sozinhos. Você ainda pensa assim?
“A interação com os outros é importante. Recarregar as baterias na solidão, é necessário”.