Pelo menos cinco membros do grupo terrorista Hezbollah conseguiram obter a cidadania italiana utilizando documentos falsos, conforme revelou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, neste domingo (13).
De acordo com ele, integrantes do grupo terrorista, principalmente do Líbano, obtiveram passaporte italiano por meio de um processo de reconstrução familiar, baseado em um ancestral italiano falso.
“Agora estamos revogando essas cidadanias”, afirmou Tajani, sem fornecer detalhes sobre onde e quando os casos ocorreram.
Denúncia de fraudes
Tajani destacou a gravidade da situação, mencionando que “existem muitas fraudes e muitos indivíduos que organizam agências para reconhecer cidadania italiana com ancestrais falsos, uma vez que o passaporte italiano é um passaporte comunitário e serve para entrar na Europa e nos Estados Unidos”, segundo a agência de notícias italiana AGI.
Esse episódio é exatamente o que Tajani precisava. O líder do Forza Italia e vice-premiê pretende usar o caso, que é grave de fato, para capitalizar sua proposta de mudança na legislação e tentar emplacar o ius Italiae.
Durante sua declaração neste domingo, ele já abordou o tema. Segundo Tajani, a reforma da cidadania e a adoção do ius Italiae estão ligadas ao princípio da “seriedade e da real vontade de ser cidadão italiano”. Ao final de sua fala, ele concluiu: “Mas muitas pessoas não querem ser italianas”, referindo-se àqueles que buscam o passaporte italiano apenas para obter vantagens.