“É o momento provavelmente mais importante da minha carreira”, diz cantora e compositora italiana Laura Pausini (46).
Ganhadora de um Grammy, quatro Grammy Latino, entre outros prêmios, ela foi indicada ao primeiro Oscar, com a música Io Sì, do filme Rosa e Momo, na categoria de melhor canção original.
Em entrevista ao Estadão, a cantora disse que sua felicidade vem em tempos dolorosos. “Fico tão feliz por minha carreira, minha vida, chegando notícias, como Globo de Ouro e Oscar, que é uma coisa gigante, uma coisa maravilhosa, e, ao mesmo tempo, não posso ver meus pais, a minha filha (8 anos) não vai à escola. Ela tem a sorte de ser muito fantasiosa. Então, durante o dia, ela faz muitas coisas na nossa casa, mas não pode encontrar suas amigas”, diz Laura.
“É o momento provavelmente mais importante da minha carreira, e chega durante uma pandemia. Então, não se pode desfrutar totalmente. Mas, quando falo disso com meus amigos ou com a minha família, eles me dizem que não é justo que eu pense assim. É um momento triste, então tudo que é lindo tem que desfrutar. Estou trabalhando um pouco isso, porque fico com um pouco de culpa”, conta.
Na entrevista, a cantora contou que estava parada desde fevereiro do ano passado. O convite para compor o tema original com seus parceiros para o filme Rosa e Momo, da Netflix, protagonizado por Sophia Loren e dirigido por Edoardo Ponti, filho da atriz, chegou em agosto.
Laura Pausini: “artisticamente eu estava morta”
“Imagina que eu, durante meus 28 anos de carreira, passei na minha casa menos de dez meses. Então, agora, um ano fechada, confirmo que não gosto de estar em casa (risos). Ao mesmo tempo, preciso aprender a viver mais normal, porque gosto também de conhecer essa parte. Mas, no princípio, foi difícil, porque eu não encontrava um equilíbrio. Por exemplo, eu perguntava para mim: posso escrever uma canção? Não tenho vontade, e sempre estava muito concentrada na minha filha, muito preocupada, porque não quero que ela sofra”, conta ela. “Mas isso foi muito difícil. Então, artisticamente eu estava morta.”
Pausini conta que depois de Io Sì seguiu compondo. “Essa música me deu força. Então, estou escrevendo muito, compondo muito, estou preparando uma coisa nova. Não sei quando sai. Até agora não tenho material suficiente para que a gente possa escutar bem as minhas emoções. Então, preciso de mais tempo para fazer um disco. Mas estou escrevendo. E não estou morta artisticamente”.
Os fãs agradecem.
A entrevista completa pode ser lida no Estadão.