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Italiana libertada na África teria se convertido ao Islã

Italiana libertada na África teria se convertido ao Islã

Silvia Romano voltou à Itália | Foto: Corriere

Jovem desembarcou em Roma vestindo uma roupa islâmica. Cena provocou discussão acalorada na Itália

O resgate de Silvia Romano, que ficou 17 meses sequestrada no Quênia, e que foi libertada na Somália neste sábado (09), é destaque nos noticiários da Itália.

Mas a liberdade da jovem voluntária italiana de 24 anos tem provocado discussão acalorada entre os italianos e está nos trending topics do Twitter.

Tudo porque ela desembarcou neste domingo, no aeroporto Ciampino, em Roma, – e recepcionada pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte – vestindo uma roupa islâmica que cobria todo o seu corpo, com exceção do rosto.

Ao desembarcar a jovem milanesa disse estar bem, física e mentalmente, e muito feliz. “Agora quero apenas ficar com minha família”.

Silvia Romano, que ficou 17 meses sequestrada no Quénia, ao desembarcar em Roma | Foto: Corriere

Ela teria se convertido ao Islã, mas a própria família desconhecia o fato, segundo fontes ligadas à investigação do sequestro da jovem.

“Espero que conversão dela seja espiritual, que deve ser absolutamente respeitada. Precisamos apenas acreditar que, ao salvar um anjo, não repatriamos um diabo”, publicou a italiana Flora Doronzo.

Os investigadores cogitavam que a possível adesão ao Islã poderia ser resultado das “condições psicológicas em que ela se encontrou durante o sequestro”.

“É claro que algo a mais aconteceu na Somália, essa garota sofreu as dores do inferno”, escreveu Sara Cabrini.

Mas horas depois, a própria Romano confessou: “não fui obrigada a casar, a conversão ao Islã foi minha escolha espontânea”, segundo publicação no Corriere della Sera.

“Não entendo porque a trouxeram de volta se ela estava bem lá”, publicou Emanuela Questorino.

Romano era voluntária da ONG Africa Milele e havia sido raptada em 20 de novembro de 2018, quando um comando armado invadiu o vilarejo de Chakama, no litoral do Quênia. Ninguém reivindicou o sequestro, mas a principal suspeita sempre recaiu sobre terroristas somalis ligados ao grupo jihadista Al Shabab.

Ela foi resgatada nos arredores de Mogadíscio, em uma operação conduzida pelos serviços de inteligência da Itália, da Somália e da Turquia, que tem estreitas ligações com o país africano. As autoridades italianas, no entanto, não deram maiores detalhes sobre como foi feito o resgate.

Estima-se que a Itália desembolsou entre dois e 4 milhões de euros para realizar a operação de resgate.

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