Novos casos faz governo italiano prorrogar medidas de emergência contra o covid
A Itália se preparar para prolongar o Estado de Emergência. O objetivo é ajudar a controlar a crise da Covid-19. A declaração foi dada por um alto escalão do governo, segundo a agência Reuters.
“Acredito que o governo vai ter que solicitar uma nova prorrogação“, disse a subsecretária de Saúde de Itália, Sandra Zampa, à emissora estatal RAI. “O Estado de Emergência permite que o governo elimine a burocracia rapidamente, se necessário”, acrescentou.
O regime de Estado de Emergência, cujo prazo termina em meados de outubro, concede maiores poderes ao governo regional e central, tornando mais fácil contornar a burocracia em grande parte da tomada de decisões na Itália.
Graças a um dos bloqueios mais rigorosos do mundo, a Itália conseguiu controlar o contágio até ao verão. No entanto, os casos aumentaram no último mês, tendo sido relatadas uma média de 1.500 novas infeções por dia na última semana.
Ainda assim estes número estão muito abaixo dos verificados em outras regiões da Europa, como a França e Espanha, que estão registrando uma média de 10 mil novos casos por dia, cada.
Resposta forte e eficaz
No início desta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um vídeo no qual elogiava a “resposta forte e eficaz” da Itália à pandemia. Muitos italianos ainda estão agindo com muito cuidado, usando máscaras regularmente ao ar livre, embora não seja obrigatório.
Cientistas dizem que as próximas três semanas serão cruciais para avaliar a circulação do vírus e determinar se Itália será poupada de uma importante segunda vaga. “Se sobrevivermos às próximas três semanas, provavelmente vamos conseguir”, disse Andrea Crisanti, professora de microbiologia da Universidade de Pádua, citada pela Reuters.
O Estado de Emergência na Itália foi prorrogado pela última vez no final de julho, apesar dos protestos dos partidos de oposição, que acusaram o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, de tentar manter muito poder nas suas próprias mãos e contornar o parlamento.
O país regista atualmente 313.011 casos confirmados da Covid-19, e 35.875 mortes.