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Itália fecha a Lombardia e põe 16 milhões de pessoas em quarentena

Itália fecha a Lombardia e põe 16 milhões de pessoas em quarentena | AFP

Medidas surgem depois de maior aumento do número de infectados

A região mais rica e populosa de Itália vai ficar isolada do resto do país: o governo decidiu, na noite deste sábado (07),  “fechar” a Lombardia, onde vivem cerca de 10 milhões de pessoas e onde se localiza a capital financeira do país, Milão, para tentar travar o surto de coronavírus. A assinatura do decreto aconteceu às 3h da manhã – às 23h no horário de Brasilia.

As medidas dramáticas aplicam-se ainda a outras 14 províncias de quatro regiões, abrangendo cerca de 16 milhões de pessoas – equivalente a 1/4 da população italiana –, e surgem depois de o país ter registado o maior aumento do número de infectados desde o início do surto: 1247 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, para um total de 5883. Depois de duas semanas de surto, o SARS-COV-2 se espalhou pelas 20 regiões: todas registam casos e oito tiveram óbitos.

As outras províncias que se tornaram “zona vermelha” são Modena, Parma, Piacenza, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro e Urbino, Venezia, Padova, Treviso, Asti, Alessandria, Novara, Vercelli e Verbano Cusio Ossola.

Nas áreas abrangidas por estas novas medidas, todos os museus, centros culturais, ginásios, piscinas e estância de esqui serão fechados. As escolas vão ficar fechadas até 3 de abril.

São também suspensos os eventos culturais, recreativos, esportivos e religiosos, tanto em locais públicos como privados, ficando assim cancelados casamentos e funerais civis ou religiosos. Os cafés e os restaurantes podem ficar abertos desde que mantenham uma distância de um metro para os clientes.

O decreto diz que todos devem “evitar completamente” entrar ou sair das regiões indicadas, e até deslocarem-se dentro das regiões, a não ser em caso de emergências ou “trabalho essencial”.

O surto de covid-19, detectado em dezembro na China, já provocou mais de 3500 mortos entre mais de 101 mil pessoas infectadas em pelo menos 94 países. Com base no número mundial de infectados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já se recuperou.

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