Um tecido anti-coronavírus para fazer uniformes para camareiras, chefs, garçons e faxineiros. Essa é a proposta de uma empresa italiana para permitir que as operadoras do setor de hotelaria trabalhem com mais segurança, protegendo-se da transmissão do vírus.
O novo tecido antibacteriano e antiviral se chama Virkill, e foi criado pela Italtex, uma tradicional empresa fabricante de tecidos de seda para roupas femininas.
Tecido anti-vírus: o mercado
Não é a primeira vez que produtos desse tipo são apresentados no mercado. A pandemia, de fato, forçou muitas empresas a repensarem seus parâmetros de produção. E abriu caminho para novas tecnologias que, mesmo na área têxtil, podem representar um auxílio para a prevenção da Covid-19.
Não surpreendentemente, o mercado de tecidos antimicrobianos e antivirais é promissor.
A Global Market Insights, empresa norte americana e de consultoria, estima um crescimento de 10,48 bilhões de dólares em 2019 para 20,5 bilhões em 2026.
E a indústria têxtil italiana, que sempre foi uma das líderes europeias e internacionais do setor, certamente não está apenas olhando esse crescimento.
Tecido antivírus Coronavirus: os precedentes
Outro exemplo totalmente italiano, apresentado recentemente, foi o desenvolvido pela Anemotech, que criou “The Breath”, um tecido tecnológico com função antibacteriana e antiviral. Mas há também a fiorentina Texe, ou a tecnologia AvirTex proposta pela empresa Argar, de Varese.
Nomes conhecidos também entraram no boom dos tecidos antivirais, como a fabricante padovana de malas Roncato, que colocou as máscaras ViralOff no mercado.
E a Diesel, que criou uma coleção de cápsulas em tecidos antimicrobianos.
Como funciona o Virkill
As propriedades do Virkill são garantidas pelas nanopartículas de cobre “fundidas” no fio, característica que distingue o tecido de um simples tratamento antiviral de superfície que pode deteriorar com a lavagem.
As nanopartículas de cobre apresentaram atividade antibacteriana de longa duração e recentemente se mostraram eficazes até mesmo contra fungos e vírus.
As certificações de eficácia
De fato, uma série de testes laboratoriais efetuados e certificados – segundo parâmetros internacionais – demonstram uma certa eficácia antibacteriana e antiviral do tecido.
Segundo o jornal Corriere della Sera, o tecido obteve a certificação da International Standards Organization ISO 18184: 2019, que reconhece a atividade antiviral dos produtos têxteis especificamente contra Covid-19 (vírus Sars-CoV-2) com excelentes resultados.
Leia também
Refúgio nas Dolomitas busca um novo gerente