O El País, o maior jornal do Uruguai, chamou a atenção para um problema familiar para muitos brasileiros: as extensas filas e os desafios enfrentados nos consulados para obter a cidadania italiana.
Em uma matéria de destaque, o jornal uruguaio relatou que cerca de 500 mil uruguaios (14,62% da população total) anseiam pela cidadania italiana, mas enfrentam longas esperas para conseguir agendar uma entrevista consular.
O artigo destaca que inúmeros cidadãos possuem todos os documentos necessários, incluindo certidões de nascimento, casamento e óbito, prontos há anos. No entanto, muitos não conseguem agendar uma entrevista para dar entrada no processo de cidadania, mesmo com toda a documentação em mãos.
As filas nos consulados se tornaram um dilema, e aqueles que buscam a cidadania enfrentam bloqueios nos sistemas de agendamento devido à alta demanda. Isso leva muitos a serem considerados “robôs” e resulta em bloqueios no sistema de agendamento.
Os desafios para reconhecer um direito
Os brasileiros que também enfrentam esse desafio podem se relacionar com a frustração dos uruguaios. Muitos buscam obter a cidadania italiana devido à sua ascendência, e a lei italiana ampla e flexível permite que um grande número de pessoas se qualifique.
Além disso, o jornal uruguaio destaca que, assim como no Brasil, surgiram assessores e empresas que prometem facilitar o processo de agendamento da cidadania italiana em troca de pagamentos. Essa prática levanta questões sobre a integridade do sistema e a luta dos requerentes pela cidadania.
O artigo sublinha o quão desafiador é para aqueles que buscam honrar suas raízes e tradições italianas, bem como para aqueles que planejam buscar uma vida melhor na Itália ou na União Europeia.
A luta para obter a cidadania italiana é uma experiência compartilhada por muitos, independentemente de sua origem.
Embora o artigo do El País tenha como foco o Uruguai, as dificuldades relatadas são semelhantes às enfrentadas por brasileiros e argentinos que também buscam a cidadania italiana, tornando-o um dilema compartilhado por muitos descendentes de italianos na América do Sul.