Mansões, festas privadas, alegrias e tristezas. O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pagou 35 milhões de euros – mais de 220 milhões de reais – em “despesas de condomínio” nos últimos 10 anos.
Segundo o jornal Corriere, o bilionário empresário e político neoliberal italiano gastou uma fortuna para manter as suntuosas e caras joias em Arcore, Macherio, Lago de Como e Sardenha.
Silvio Berlusconi ocupa o quarto lugar na lista dos homens mais ricos da Itália, de acordo com a Forbes. Seu patrimônio é de quase 8 bilhões de dólares.
Processos do “bunga-bunga”
E foram essas mansões que colocaram Berlusconi cara a cara com a justiça.
O magnata é alvo de diversos inquéritos no caso “Ruby ter“, que apura supostos subornos para manipular os depoimentos de testemunhas envolvidas no “bunga-bunga”, como eram chamadas as noitadas nas mansões do ex-premiê.
Três desses inquéritos – em Milão, Roma e Siena – já estão na fase processual e tinham audiências previstas para abril e maio, quando o ex-primeiro-ministro foi internado.
Em Milão, Berlusconi é acusado de corromper os depoimentos de garotas de programa que participavam de suas festas. O processo foi adiado para 8 de setembro.
Em Roma, a acusação se refere a supostos pagamentos para induzir o cantor Mariano Apicella, também réu, a mentir em seu favor no processo “Ruby”, no qual Berlusconi foi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder. A próxima audiência foi remarcada para 2 de novembro.
Já Siena tem o processo em fase mais avançada, e a audiência de divulgação da sentença, já adiada oito vezes, agora está prevista para 21 de outubro. O Ministério Público pediu a condenação do ex-premiê a quatro anos e dois meses de prisão pelo suposto suborno de Danilo Mariani, pianista que participava de suas festas.