Mais de 60 mil processos aguardam na fila de espera para a obtenção da cidadania italiana no Consulado Geral de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
O número de requerentes é muito maior e pode passar dos 100 mil, porque em cada processo, porém, pode ter mais de um uma pessoa.
Em outubro do ano passado, o consulado convocou quem havia feito o cadastro cerca de sete anos atrás – do número 8.000 até 10.000.
Apesar da duras críticas que vem recebendo na comunidade ítalo-gaúcha, o cônsul-geral Valerio Caruso – que está no cargo desde agosto de 2022 – defende que o “órgão tem se esforçado”.
“A situação era complicada quando cheguei aqui. O escritório ficou fechado por mais de um ano por conta da pandemia. Processos foram bloqueados. Agora, retomamos os procedimentos e estamos trabalhando incessantemente. Precisamos apenas de um pouco de paciência”, disse Caruso em entrevista ao jornal digital GZH.
O cônsul alega que a demora é por culpa da falta de pessoal. Muitos saíram por aposentadoria e as vagas não foram preenchidas porque o governo italiano não autorizou a vinda de funcionários concursados. O problema se arrasta há anos.
Dos 20 funcionários previstos, atualmente, são apenas sete em ação.
Em novembro do ano passado, o consulado publicou edital para a seleção e contratação de dois colaboradores para o cargo de assistente administrativo, mas não informou ainda se houve a admissão de fato.