“Hoje, uma redução na tendência de crescimento dos novos infectados é confirmada. Hoje, 880 novos infectados, é o menor aumento desde 10 de março”, disse Angelo Borrelli, chefe do departamento de Proteção Civil durante a divulgação boletim de Proteção Civil.
Era visível o otimismo das autoridades sanitárias durante a coletiva de imprensa, realizada sempre às 18 horas, em Roma.
E eles têm razão. No Dia Internacional da Saúde, os números trazem esperança.
A Itália registou 3.039 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas – o número mais baixo de novas infeções desde 10 de março.
O numero de mortos ainda é alto: 604 novas vítimas nas últimas 24 horas (17.127 no total), mas deve continuar assim por mais alguns dias, uma vez que há muitos internados em estado grave nas unidades de tratamento intensivo; são 3.792 pessoas que precisam desse tipo de atendimento, 106 menos do que na segunda-feira. Destes, 1.305 estão internados em hospitais da Lombardia, a região mais afetada pela Covid-19.
Outro dado considerado positivo segundo os dados disponibilizados pela Defesa Civil italiana, nesta terça-feira (7), é o numero de curados: 1.555, elevando o dado geral para 24.392, um número também maior do que o registrado na segunda, quando 1.022 se curaram.
Há ainda 61.557 moradores em tratamento e isolamento domiciliar.
Segundo as autoridades sanitárias da Itália, o país está no chamado “platô” de casos após atingir o pico da doença.
“Esperamos assistir a uma flexibilização, mas é preciso levar em conta que o vírus continuará entre a população. Não é que vamos chegar a zero entre uma semana e outra, ou em um mês, e aí vamos liberar todo mundo”, disse o diretor do Departamento de Doenças Infecciosas do Instituto Superior de Saúde (ISS), Giovanni Rezza, ressaltando que essa é uma “luta dura”.
“Precisamos manter, rigorosamente, todas as medidas de distanciamento social porque cada relaxamento pode significar uma retomada da circulação do vírus”, concluiu.