Turistas que pretendem visitar os Estados Unidos, inclusive cidadãos italianos, precisarão fornecer o histórico de redes sociais dos últimos cinco anos. A exigência consta de um documento do Departamento de Segurança Interna dos EUA, publicado nesta quarta-feira (10).
As novas regras, conforme artigo no Corriere della Sera, se aplicam aos viajantes que utilizam o programa de isenção de visto, como os cidadãos da União Europeia. Atualmente, o fornecimento de informações sobre redes sociais é opcional. A proposta prevê tornar esse item obrigatório na solicitação de entrada.
O sistema eletrônico de autorização de viagem (ESTA) permite estadias de até 90 dias sem visto em 42 países. A proposta prevê mudanças na coleta de dados, com um período de consulta pública de 60 dias antes da implementação.
Hoje, os viajantes que solicitam o ESTA devem pagar 40 dólares e fornecer informações como endereço, telefone, e-mail e contato de emergência. A autorização tem validade de dois anos.
A nova proposta inclui mudanças tecnológicas no processo. Está previsto o fim do site atual do ESTA, com o registro passando a ser feito somente por aplicativo. O uso de selfies e a geolocalização também serão exigidos para certificar a saída dos viajantes do país.
Além do histórico de redes sociais, a proposta prevê o recolhimento dos seguintes dados:
- Números de telefone usados nos últimos cinco anos;
- E-mails utilizados nos últimos dez anos;
- Endereços IP e metadados de fotos enviadas;
- Dados de familiares, incluindo nomes, datas e locais de nascimento;
- Números de telefone e endereços dos familiares;
- Dados biométricos: rosto, digitais, DNA e íris;
- Contatos profissionais usados nos últimos cinco anos.
Segundo o documento, a estimativa é de 14,5 milhões de usuários para o novo aplicativo. O tempo médio para preenchimento varia conforme o método: oito minutos para o formulário em papel, quatro minutos para o site e 22 minutos para o app.
A data de entrada em vigor ainda não foi confirmada. Especialistas apontam para o segundo trimestre de 2026, diz o Corriere. O prazo para envio de sugestões termina em 9 de fevereiro de 2026. Após esse período, o texto será analisado pelo Escritório de Gestão e Orçamento dos Estados Unidos.

























































