A Itália registrou um crescimento expressivo nos casos de corrupção em 2025. Segundo a ONG Libera, foram contabilizadas 96 investigações ao longo do ano, o dobro do total registrado em 2024. Os dados envolvem 49 procuradorias e mais de mil pessoas investigadas em 15 regiões do país.
As denúncias incluem subornos para obtenção de licenças, contratos em setores públicos como saúde e coleta de resíduos, fraudes em concursos e favorecimentos eleitorais. Também foram identificadas ligações com organizações mafiosas.
O levantamento foi divulgado durante a Dia Internacional contra a Corrupção, em 9 de dezembro, e considera apenas os inquéritos noticiados pela imprensa entre 1º de janeiro e 1º de dezembro de 2025.
Mais de 50 políticos na mira
Entre os investigados, estão 53 políticos, sendo 24 prefeitos. A maior concentração de políticos sob investigação está nas regiões da Campania e Puglia, com 13 nomes, seguidas pela Sicília (8) e Lombardia (6).

Regiões do Sul lideram em casos de corrupção
As regiões do Sul, incluindo as ilhas, somam 48 inquéritos. No Centro, foram 25, enquanto o Norte registrou 23.
A Campania lidera com 18 investigações, seguida pelo Lazio com 12. A Sicília aparece com 11 casos e a Lombardia com 10.
O relatório mostra que a corrupção atinge desde grandes centros urbanos, como Roma, Milão e Palermo, até cidades menores, como Latina, que esteve no centro de uma investigação contra o conselheiro regional Enrico Tiero, do partido Fratelli d’Italia. Ele foi preso em outubro.
Casos envolvem fraudes, obras públicas e cidadania
Os inquéritos abrangem subornos para obras públicas, licenças de construção, falsos certificados de residência para obtenção de cidadania italiana e fraudes em licitações.
A ONG Libera alerta para a consolidação da corrupção como prática sistêmica, alimentada por acordos entre políticos, servidores, empresários e até facções mafiosas.
As investigações seguem em curso, sem definição sobre eventuais condenações.


























































